sábado, 17 de novembro de 2007

Rei Juan Carlos e Hugo Chaves (da coluna do Sebastião Nery)

(Transcrito da Tribuna da Imprensa):

O coronel e o general

No dia 20 de novembro de 1975, há exatos 32 anos, morreu o general Franco, ditador, "caudilho da Espanha pela graça de Deus". Dois dias depois, 22 de novembro, Juan Carlos I, filho de d. Juan de Burbon (herdeiro do trono da Espanha e há 40 anos exilado em Cascais, em Lisboa, Portugal), foi proclamado rei da Espanha e mandou sua primeira mensagem às Forças Armadas, assumindo seu comando como general-chefe.

Em 17 de novembro de 1978, nas vésperas do referendo da Nova Constituição, que acabava de ser aprovada e seria realizado em 6 de dezembro, descobre-se em Madri a "Operação Galaxia", um golpe militar para seqüestrar o exemplar primeiro-ministro Adolfo Suarez e todo o governo, e proclamar um "Governo de Salvação Nacional".

Os principais líderes eram o general Atarés Peña, chefe da III Zona da Guarda Civil, o coronel Tejero e o capitão Saenz de Ynesztrillas. O rei Juan Carlos I vestiu sua farda de general chefe das Forças Armadas, foi sozinho ao quartel do comando militar, prendeu os líderes do levante e liquidou o golpe.
Segundo golpe

Em 23 de fevereiro de 1981, quando estava reunido investindo Calvo Sotelo, líder da União Centro Democrático (UCD), na chefia do gaGoverno, substituindo Adolfo Suarez, o Congresso espanhol foi invadido pelo coronel Tejero, à frente de um batalhão, e começou a se alastrar um golpe de Estado. O rei Juan Carlos vestiu sua farda de general-chefe das Forças Armadas, foi sozinho ao quartel do comando militar, prendeu os líderes do levante, liquidou o golpe e voltou para seu palácio de Zarzuela.
Terceiro golpe

Em 2 de outubro de 1982, descobre-se nova tentativa de um golpe militar, marcado para o dia 27 de outubro, véspera das eleições gerais de 28 de outubro, em que o Partido Socialista de Felipe Gonzalez iria vencer a Aliança Popular (hoje PP, Partido Popular) com 10 milhões de votos de frente.

O rei Juan Carlos I vestiu sua farda de general-chefe das Forças Armadas, foi sozinho ao quartel do comando militar, prendeu os líderes do levante, liquidou o golpe e voltou para seu palácio de Zarzuela. Há 25 anos nunca mais ninguém tentou dar golpe militar na Espanha.
No quartel

A imprensa mundial pergunta por que o presidente Hugo Chávez, da Venezuela, sempre tão falante e firme na defesa de suas posições políticas e dos interesses da Venezuela (e quase sempre com razão), ficou calado quando o rei Juan Carlos I, da Espanha, mandou que ele se calasse. É por que era um presidente plebeu diante de um rei? Nada disso. É que era um coronel diante de um general. E os coronéis costumam calar-se quando os generais falam.

Fonte: Tribuna da Imprensa Online

http://www.tribuna.inf.br/coluna.asp?coluna=nery

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Reunião entre Brasil e Bolívia sobre gás será sigilosa

05/11/2007 - 20h50

Villegas, que confirmou nesta segunda-feira seu encontro com Gabrielli, destacou que há um acerto entre as duas partes para não revelar à imprensa o conteúdo das conversações.

"Não assinaremos qualquer acordo, não informaremos nada, não vou revelar a agenda ou sobre os temas (de discussão). Relataremos os resultados (do encontro) em outra oportunidade", disse o ministro dos Hidrocarbonetos.

"Não queremos gerar falsas expectativas, não queremos que a imprensa de Bolívia e Brasil nos ajudem na conversação, queremos um diálogo entre governos, entre instituições, e quando houver resultados serão divulgados".

As conversações técnicas bilaterais também estarão orientadas a destravar os investimentos da Petrobras na Bolívia, após o governo do presidente Evo Morales nacionalizar os hidrocarbonetos, em maio de 2006, e comprar duas refinarias da companhia brasileira no território boliviano.

As conversações entre o ministério dos Hidrocarbonetos e a Petrobras seriam uma prévia da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Bolívia, em dezembro próximo, para analisar a questão do fornecimento e a retomada dos investimentos no país.

O Brasil enfrenta no momento uma crise de desabastecimento de gás, que afeta principalmente os estados de Rio de Janeiro e São Paulo.

Fonte: Folha Uol
http://noticias.uol.com.br/ultnot/2007/11/05/ult35u56182.jhtm


LA PAZ, 5 Nov 2007 (AFP) - O presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, e o ministro boliviano dos Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, analisarão nesta terça-feira o fornecimento de gás ao Brasil, em um encontro que será cercado pelo segredo.
05/11/2007 - 20h50

sábado, 3 de novembro de 2007

Congresso da Venezuela dá superpoderes a Chávez

* O Congresso da Venezuela aprovou um projeto de reforma da Constituição que ameaça gerar nova onda de instabilidade no país.

A mudança mais polêmica permitiria ao presidente Hugo Chávez, já no segundo mandato consecutivo, governar por tempo indefinido.

O projeto autoriza ainda o governo a suprimir direitos básicos em estados de exceção, abrindo caminho para a censura à mídia e prisões sem acusação formal. Chávez também poderá criar e eliminar províncias por decreto e controlar reservas monetárias.

A reforma será submetida a referendo, provavelmente no dia 2 de dezembro, e será aprovada, segundo pesquisas.

O projeto enfrenta forte resistência de empresários e de estudantes, que anteontem entraram em choque com a polícia, em Caracas. Ismael Garcia, do movimento Podemos, disse ao GLOBO que houve "golpe de Estado".

(O Globo - Sinopse Radiobrás)