terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Operação Emmanuel interrompida em meio a incertezas e acusações

Internacional

01/01/2008 - 16h51
Operação Emmanuel interrompida em meio a incertezas e acusações

CARACAS, 1 Jan 2008 (AFP) - A enorme mobilização para a entrega de três reféns das Farc foi interrompida no último dia de 2007 depois do anúncio de que a guerrilha não podia libertar os cativos em função das condições de segurança, o que levou os observadores internacionais a suspender sua missão.

A incerteza era total nesta terça-feira na cidade colombiana de Villavicencio. Os helicópteros enviados pelo presidente venezuelano Hugo Chávez - dois MI-172 e dois Bell - continuavam estacionados no aeroporto de Vanguardia, embora não se descarte que voltem em breve para a Venezuela.

"Provavelmente partirão nas próximas horas, segundo me comunicou o oficial colombiano que está de serviço no aeroporto, mas não recebi nenhuma notificação", afirmou à AFP o coronel Omar Acevedo, comandante encarregado da polícia no departamento de Meta, do qual Villavicencio é capital.

Acevedo acrescentou que a vigilância se reduziu no aeroporto, já que não há nenhuma personalidade presente.

Diante do impasse da véspera, os representantes internacionais de sete países, reunidos em Villavicencio para receber os reféns que as Farc libertariam, decidiram interromper a participação na operação.

Depois de ler um comunicado no qual as Farc anunciaram que as condições de segurança não permitiam a entrega dos reféns, o presidente venezuelano insistiu que tentará libertá-lo "por outras vias".

"Seguiremos esperando, não descartamos a possibilidade de que nos cheguem as coordenadas, temos um canal de comunicação. Nossos helicópteros estão lá e estarão lá, a menos que a Colômbia retire a permissão, disse Chávez na segunda-feira. "A logística poderá ser substituída por uma libertação clandestina", insistiu Chávez, negando-se a falar de fracasso da missão.

Na carta lida por Chávez, o grupo guerrilheiro alegou que insistir na entrega, "nestas condições, seria colocar em grave risco a vida das pessoas a libertar, o restante dos prisioneiros de guerra e os guerrilheiros designados para cumprir esta missão".

O presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, por sua vez, viajou na segunda-feira à cidade de Villavicencio e negou de forma veemente a existência de operações militares, como alegado pelas Farc. Ele chegou a mencionar a possibilidade de que o menino Emmanuel não estaria em poder das Farc, o que seria a causa da demora na entrega dos reféns.

De acordo com esta hipótese, a criança estaria em um orfanato de Bogotá. Uribe pediu exames de DNA a familiares de Clara Rojas para determinar se o menino em questão é realmente o filho da política.

Chávez se irritou com a insinuação e voltou a criticar o colega colombiano de "dinamitar" o processo.

Em função dessa notícia, os parentes da refém Clara Rojas aceitaram recolher amostras de DNA para confirmar ou descartar a hipótese de que o menino Emmanuel se encontra em orfanato de Bogotá.

"Cinco peritos da Colômbia devem chegar a qualquer momento a Caracas. Eles vão fazer exames em mim e em minha mãe", informou Iván Rojas, irmão da seqüestrada, para quem a hipótese exposta por Uribe tem a vantagem de poder ser rapidamente confirmada ou descartada com a realização de exames de DNA.

Segundo ele, a operação montada para resgatar os reféns ainda não terminou e apenas foi suspensa por uns dias.

Garantiu ainda que os familiares dos reféns continuarão em Caracas. "Nós viemos por eles, e iremos embora daqui com eles", enfatizou.

A representante do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Barbara Hintermann, também informou que a entidade manterá sua presença em Villavicencio, na esperança que seja possível estabelecer um contato para recuperar os reféns.

A operação, que além da Cruz Vermelha Internacional, tem o apoio do Brasil, da França, da Suíça e de outros cinco países latino-americanos, deveria trazer de volta para a Colômbia a ex-candidata à vice-presidência Clara Rojas, 44 anos, seu filho Emmanuel, 3, e a ex-congressista Consuelo González, 57.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) decidiram entregar os três ao presidente Chávez em desagravo pela decisão do governo de Bogotá de interromper a mediação que até então vinha sendo feita.

A entrega dos reféns, segundo o plano apresentado, aconteceria em algum lugar dos cinco departamentos do centro e do sudeste da Colômbia, que somam 310.000 km e onde as Farc têm forte presença.


http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2008/01/01/ult34u196356.jhtm

"PMDB, DEM e PPS são pró-americanos", afirma o Deputado Dr. Rosinha

21/12/2007

“Com a entrada da Venezuela no Mercosul, o bloco, criado em 1991, passará a ter 250 milhões de habitantes e um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 1 trilhão - cerca de 75% do total da América do Sul. A entrada do país sofreu muita resistência, principalmente do PMDB, DEM e PPS. De acordo com o presidente da Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul, deputado Dr. Rosinha (PT-PR), a reação contrária à adesão da Venezuela é a prova de que esses partidos são "atrelados aos interesses americanos". Para o deputado petista, a derrota de Chávez no último referendo é um "cala-boca" para os partidos contrários à entrada do país no Mercosul sob o argumento de "falta de democracia".

Carta Congresso: Qual a vantagem da entrada da Venezuela no Mercosul?

Dr. Rosinha:
Quando a gente vai discutir a formação de um bloco político, a gente tem que deixar de lado a questão da vantagem para esse ou aquele país. Nós temos que entender quais são os pontos positivos para todo o bloco. A Venezuela no Mercosul significa uma maior capacidade econômica de dialogar a nível internacional, o que significa maior soberania na hora de debater os acordos e tratados internacionais na área econômica e na área de mercado. A entrada da Venezuela coloca o Mercosul como o segundo maior bloco econômico do mundo, o primeiro é a União Européia. O que nos dá uma condição extremamente vantajosa nas negociações na Organização Mundial do Comércio (OMC) ou mesmo no acordo que está sendo discutido entre Mercosul e União Européia.

Carta Congresso: Um dos principais problemas da América do Sul é a questão energética. O bloco fica mais fortalecido para enfrentar o problema?

Dr. Rosinha:
É possível trabalhar a integração energética no Mercosul com vantagem em relação a outros países. Porque nós teremos gás, petróleo, mais hidrelétricas, quer dizer, nós teremos condições de desenvolvimento muito grande.”

Fonte:

http://nogueirajr.blogspot.com/2007/12/pmdb-dem-e-pps-so-pr-americanos-afirma.html