21 de marzo de 2011, 16:18Santiago do Chile, 21 mar (Prensa Latina) O presidente estadunidense, Barack Obama, chegou hoje ao Chile com uma agenda que, embora centrada na América Latina, parece apontar em direção contrária às históricas demandas da região.
Com vários minutos de atraso ao previsto, o avião que transladou Obama a solo chileno procedente do Brasil aterrissou no aeroporto internacional de Santiago às 13:11 (hora local).
O presidente dos Estados Unidos e a delegação que o acompanha foram recebidos no terminal aéreo pelo chanceler do Chile, Alfredo Moreno, e outros representantes do governo do país sul-americano.
Minutos mais tarde, lhe foram dadas no Palácio de La Moneda as boas-vindas oficiais, a cargo de seu homólogo Sebastián Piñera, com o que se iniciou uma reunião de trabalho, prévia a uma Declaração Conjunta ante a imprensa credenciada.
Na agenda do visitante gera expectativa a anunciada mensagem destinada à América Latina, qualificada por Obama de "Discurso para as Américas", o quer que diga estará fundado no conceito de uma "aliança igualitária".
Também me focarei, declarou Obama em entrevista ao jornal local El Mercurio, "em áreas específicas nas quais podemos trabalhar juntos, como o crescimento econômico, a energia, a segurança cidadã e os direitos humanos".
Paralelamente às cerimônias protocolares, atos de protesto em massa têm marcado o contexto da visita do presidente ao Chile, repudiado pelos partidos Comunista, Humanista Cristão e Socialista Allendista; assim como por federações estudantis, organizações sindicais, escritores e artistas.
Também pelo Colégio de Professores, pela Associação de Familiares de Detentos Desaparecidos, pelo povo mapuche e pelo Movimento de Solidariedade a Cuba que enfaticamente têm exigido o fim do bloqueio contra a ilha.
As manifestações que tiveram por palco principal esta capital se estenderam também nesta segunda-feira às regiões de Valparaíso e do Bío Bío chileno e em todas tem prevalecido a condenação às políticas de ingerência da Casa Branca, incluída a denúncia à participação de Washington no golpe de Estado contra o governo de Salvador Allende em 1973.
O Chile é considerado pelos Estados Unidos um de seus principais aliados na região, o que explica em medida importante que seja utilizado como plataforma por Obama para lançar sua nova estratégia hemisférica.
É do Chile onde o presidente estadunidense vai delinear sua política para a América Latina, destacou hoje a porta-voz da presidência, Ena Von Baer, que também revelou que no diálogo entre ambos dirigentes se vai conversar sobre a relação do Chile com outros países latino-americanos.
Para o teólogo e filósofo brasileiro Leonardo Boff, a mensagem de Obama se perfila como o relançamento da chamada Aliança para o Progresso impulsionada em 1961 pelo então presidente John F. Kennedy.
Diante disso, Boff chamou a região a estar alerta para defender sua autodeterminação e independência.
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